Sabe o tal esgotamento mental que tantos especialistas, e aqueles que nem tão especialistas são (eu chamaria de oportunistas) falam a respeito da MATERNIDADE?
Pois bem. Ela existe e eu a chamaria da SÍNDROME DE BURNOUT MATERNO ATÍPICO.
As vezes é uma vida de muitas: cobranças silenciosas, necessidades financeiras, dores emocionais solitárias, pedidos de favores, quase um pelo amor de Deus a cada 24 horas do dia.
A luta da mãe de um filho com deficiência (sem independência), muitas vezes, é a morte da mulher no seu mais íntimo significado da palavra. E isso dói!
E há dias que o que ela mais deseja é o FIM. Mas aí ela lembra do filho e pede perdão a Deus! Busca renascer no dia seguinte, mas nem sempre com um sorriso no rosto ou o brilho no olhar, aquele que um dia lhe foi tão presente.
E os sonhos? Ah, esses ela já não pode mais externar. A família, a sociedade, até aquelas mães que vivem a maternidade como ela… Julgam veladamente seus poucos sonhos, vistos como futilidades.
E a mulher? Essa também é julgada por querer existir, sentir-se viva, bela, nem recatada e nem do lar!
Usei meus próprios olhos chorosos nesse post para dizer a muitas de vocês que sinto igual, vivo igual e me identifico com tantas e tantas mulheres mães que lutam para saírem da invisibilidade com determinação, mas que nem sempre dão conta.
Se chorar é o que te alivia a alma, chore muito…
Se ligar o *%#dasse seja seus momentos de liberdade, grite bem alto.
Ninguém, ninguém mesmo, vai fazer por você sem que você dê algo em troca (exceto seus filhos com deficiência). Então, façamos nós mesmas, sem entregar nossas vidas a ninguém, além de Deus, se você crê nele ou numa força maior!
Um dia de cada vez, mulheres mães!
PS. Eu estou bem viu (nem sempre estou), mas muitas mães perto de mim não estão, não podem fazer terapia ou sair e gastar no shopping (somos mulheres, né?) ou ainda sair para trabalhar, estudar, passar uma tarde no salão ou no SPA!