O priolo (Pyrrhula murina) é considerado vulnerável, mas foi em tempos atrás uma das aves mais ameaçadas da Europa. Atualmente, a sua população encontra-se estável, rondando os 1.000 indivíduos, fruto dos esforços realizados, ao longo de mais de uma década, para salvar a espécie.
Encontra-se apenas nos Açores, Portugal, confinado à zona este da ilha de São Miguel, nos conselhos da Povoação e Nordeste, nas poucas manchas de floresta laurissilva que ainda se podem encontrar nesta parte da ilha. Possui dimensões reduzidas, com cerca de 15cm a 17cm, sendo identificado pela cabeça, pelas asas e pela cauda pretas e um tom castanho acinzentado no resto do corpo. O seu canto é um assobio melancólico que facilmente reconhecemos no meio da floresta.
Inverna em diversos habitats florestais (sobretudo com faias), zonas relativamente abertas e terrenos agrícolas com sebes, visitando por vezes jardins. Tamanho e forma semelhantes às do tentilhão, mas com a cabeça acinzentada a preta distinta, o peito laranja e o bico amarelado durante o inverno. Tem o uropígio branco, visível em voo. Esta espécie nidifica no norte da Europa (fino-Escandinávia) e inverna sobretudo na Europa central. Em Portugal, é um invernante raro, que ocorre em números muito variáveis de ano para ano.