O autismo sempre esteve lá, sempre, nas dificuldades na escola. Mas sempre fui o silêncio nos dias em crise que só eu mesma me doía . E esmagava por dentro o grito que não saía.
Menina é mais sensível, eles dizem! E na verdade existe um equilíbrio nato na sensibilidade e no caos, na grandeza de suportar! A menina é vulcão por dentro, os outros só percebem quando olham para ela por muito tempo com a atenção necessária!
Eu sou uma criatura muito própria. Você não pode me comparar, e, mesmo assim, já julgaram-me tantas vezes. “Olha, ela abraça mesmo”. Que difícil, eu abraço, sim! Porque não sei se conseguirei abraçar-te na próxima vez. Depois eu junto o difícil e coopero comigo. E sofro só! Meus pais fizeram o autismo um país…
Uma estereotipia muito evidente na minha primeira infância.