Ninguém fala sobre o que é ser mãe atípica de verdade.
Sobre o cansaço extremo. A culpa. A solidão.
Sobre a dor de ver seu filho sendo excluído em um mundo que ainda não está preparado para acolher.
Estudos mostram que mães de crianças com autismo apresentam níveis de estresse comparáveis aos de soldados em combate.
Mas quem olha para elas? Quem pergunta como estão?
Essas mães não têm pausa. São mediadoras, terapeutas, protetoras, educadoras…
Enquanto todos seguem suas rotinas, elas estão explicando mais uma vez por que o filho reage diferente.
Elas estão buscando escola, intervenção, esperança.
O Dia das Mães foi ontem, e quero prestar a minha homenagem para elas. Para as mães atípicas que seguem mesmo quando tudo pesa.
Que enfrentam olhares, julgamentos, diagnósticos e sistemas despreparados. Que não desistem dos filhos. Que só querem dignidade, respeito e inclusão.
Que a gente olhe para essas mães com mais empatia.
Porque acolhimento não é favor. É dignidade.
