O que você vê, não é o que parece, mas uma criação artística do que percebo, sinto e expresso!
Como já nos ensina Magritte, na sua pintura surrealista em 1929 conhecida como “O Cachimbo”, foi criada pelo artista belga René Magritte. O nome original da obra é “A traição das imagens” e sua frase em francês, “Ceci n’est pas une pipe” (“Isto não é um cachimbo”) se tornou uma das mais famosas da história da arte. Ela ilustra a ideia de que a representação de um objeto não é o objeto em si.
E esse é o grande feito que realizei com a AI.
Essa não sou eu, mas apenas o meu rosto, na imagem que foi criada de mim.
E esse é o mais genuíno fazer de uma pessoa em processo arteterapêutico: se expressar, liberta do fazer estético, técnico, da busca pelo belo ou dentro dos padrões artísticos contemporâneos.
Para essa breve reflexão, trouxe essa imagem produzida por uma Inteligência Artificial, mas construída pelo meu olhar, pela minha percepção e pelo que sinto enquanto arteterapeuta.
Detalhes e mais detalhes, introspecção, reflexão, lembranças e memórias que me constroem profissionalmente me levaram a essa imagem.
E ainda o exercício mais incrível e intenso é a descrição de toda construção mental que fiz de mim mesma.

Onde gostaria de estar, qual tipo de ambiente? O que gostaria de estar vestindo, com que roupas me percebo usar? Quais materiais mais utilizo e porque os faço? Que expressão teria em meu rosto e por qual razão ela se faz presente?
Eis o verdadeiro sentido do fazer arteterapêutico… E eu não estou falando da imagem e nem da ferramenta maravilhosa que me proporcionou VIVER e “SABOREAR” esse momento, mas da liberdade, da espontaneidade, da leveza, da autenticidade, do que é genuíno do Ser e sua completude, bem como do espaço seguro e sem julgamentos, e sem dúvida, do sigilo que se promove para que as emoções vividas se expressem em arte, com ou sem palavras.
Afinal, arteterapia é viver e expressar o “sabor” da experiência criativa!!!