20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Eu ando sumido, né? Sei que sentiram minha falta. É normal, faz parte do processo. Hoje quero falar sobre algo que conquistou meu coração. Há 1 ano surgia um movimento de inclusão social no estádio do Corinthians, o primeiro do Brasil feito por pessoas autistas, Rafael Lopes e Juliana Prado. Tão logo vi o movimento e me tornei amigo dos diretores, tornei-me membro da torcida e os acompanhei durante um ano.

Até acabar a minha jornada como membro, pois virei DIRETOR desse movimento tão grandioso. Um movimento de inclusão social que carrega as cores e o símbolo do meu clube do coração: Sport Club Corinthians Paulista. O time do povo, time da massa, dos mais humildes aos mais afortunados, das pessoas com deficiência, das minorias, que forma uma maioria.

Falar do Autistas Alvinegros me emociona, poucas coisas me emocionam. Primordialmente eu conheci Rafael, Juliana e Nayra, na época éramos apenas amigos e eu um mero admirador. Não posso deixar de mensurar minha gratidão a essas pessoas especificamente. Primeiro porque eles transformaram em realidade a inclusão nos estádios do futebol, segundo pelo acolhimento que deram a mim. Nunca pude dizer que conseguia manter amigos na minha vida, hoje eu posso dizer, graças a eles e a esse movimento. Não é fácil…

Eu sou um ativista com requintes de justiça aguçada e com um nome que hoje tenho a noção do barulho que faz, e tenho o prazer imensurável de ser diretor do movimento e liderar junto a mais 6 diretores, uma massa de pessoas viciadas em inclusão.

Um sonho

O Autistas Alvinegros não nasceu através de mim, mas se tornou um sonho meu também. Hoje existe o Wallace de Lira e o Wallace do Autistas Alvinegros. Existe amor, existe amizade. Existe respeito, empatia e inclusão. O Autistas Alvinegros é o movimento da minha vida, é um amor que não há explicações, é o meu alicerce e minha dose diária de felicidade. Eu não costumo demonstrar todo esse amor no meu perfil, para que as pessoas não confundam. Mas uma hora torna-se inevitável, é necessário falar, é necessário expor todo esse amor.

O movimento que salvou a minha vida, salvou minha felicidade e me trouxe de volta ao amor pelo ativismo. Eu não entrei para a diretoria do movimento apenas para dizer que sou diretor, entrei por amor. Amor esse que irei carregar até o fim da minha vida. Eu já avisei ao presidente… Da diretoria eu não saio nunca mais, a não ser que me tirem, sou errôneo como qualquer ser humano. Hoje somente queria dizer que sou grato por ser uma liderança frente a inclusão nos estádios de futebol. Autistas Alvinegros, até o fim da minha vida irei te amar!

Aos diretores: Rafael, Juliana, Nayra, Bryan, Japa, Rafinha, Vitinho e ao nosso apoiador Felipe Meirelles… Eu vos amo grandemente! Obrigado por tudo!

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