20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Você já se pegou tão imerso em uma atividade que o mundo ao seu redor parece desaparecer? Esse é o tal do hiperfoco, uma característica comum em muitos neurodivergentes, como autistas, pessoas com TDAH e altas habilidades. O hiperfoco é como um interruptor que liga nosso cérebro direcionando a um único tópico ou atividade. Imagine estar tão focado em um projeto que você esquece de comer, dormir ou viver e se dedicar a outras coisas. Essa dedicação extrema, também leva à exaustão. Em algum momento você paralisa.

O isolamento social é uma consequência comum disso. Para autistas, especialmente, socializar é desafiador e muitas vezes desvantajoso e manter relacionamentos interpessoais pode ser exaustivo, diferente de atividades intelectuais… Por isso, a atenção para quando a ‘’dedicação’’ a alguma coisa está além da conta, precisa ser redobrada.

O que eu tenho aprendido?

+ Conscientização e terapia: reconhecer a tendência de estar hiperfocado e se permitir esse estado, mas também ter ciência de quando precisa se desconectar e interagir com o mundo.
+ Agenda: reservar momentos específicos para o hiperfoco e outros para socialização, outras áreas da vida e compromissos. Definir alarmes, se necessário.
+ Pedir apoio de pessoas próximas: explicar às pessoas próximas a você como o hiperfoco funciona. Elas podem ser mais compreensivas, te alertar e apoiar seu equilíbrio quando você precisar.
+ Buscar atividades sociais acessíveis: encontrar maneiras de socializar que sejam menos desgastantes. Pode ser um grupo pequeno de amigos, atividades online ou interesses compartilhados.

Não precisamos nos encaixar em padrões neurotípicos, mas também não precisamos nos isolar completamente. Encontrar o equilíbrio, de um jeito que respeite limites é uma jornada que vale a pena ter orgulho de trilhar. Falo mais sobre esse caminho no vídeo que segue. Espero que gostem.

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