Nunca foi e nunca será somente um “jeitinho diferente de ser”. Essa frase pode caber em qualquer outro contexto, mas não no autismo. Devemos valorizar as potencialidades e respeitar as limitações, mas fomentar discursos que possivelmente levariam à retirada de direitos? Eu não consigo me calar perante a isso.
Me coloco hoje à disposição de milhares de autistas e famílias atípicas que não concordam com essa afirmação. Começou há muito tempo, com os ataques à ABA, as tentativas de cercear o direito de escolha dos pais, o dossiê maquiavélico entregue à ministra dos Direitos Humanos, a tentativa de invalidar quem protestava contra a retirada da cadeira do autismo no Conade e agora uma publicação terrível que pressupõe o autismo apenas como uma diferença.
Descolados da realidade, se prendem na própria bolha e se fecham ao diálogo. Não gosto de citar nomes porque estaria gerando engajamento para essas pessoas, algo que organicamente eles não têm. Mas é bom combater retrocessos antes que se torne “uma verdade”.
Que Deus nos abençoe nessa luta!