Gritar pode até interromper um comportamento momentaneamente, mas não ensina nada. Quando os pais usam o grito como ferramenta principal para impor autoridade, acabam criando um ciclo de medo. O problema é que medo não é respeito, e a criança aprende a obedecer apenas para evitar a punição, não porque compreendeu o comportamento adequado.
Isso gera um padrão de obediência superficial e reativa, que desaparece quando a figura de autoridade não está presente.
A Análise do Comportamento (ABA) nos ensina que o grito pode funcionar como um estímulo aversivo (hostil), mas seu efeito é passageiro e traz custos emocionais: crianças que crescem sob gritos constantes tendem a ser mais ansiosas, inseguras ou agressivas.
Educar é muito mais do que conter comportamentos indesejados. É ensinar valores, estabelecer limites claros e reforçar comportamentos positivos.
Gritar pode silenciar a criança, mas não ensina a escutar.
