20/06 | 2 anos de Coletivamente

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A importância de se manter uma alimentação saudável

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No universo da saúde mental, o autismo é um dos temas mais controversos. Existem questões neurológicas envolvidas, mas também temos que considerar os aspectos sociais, relacionais e afetivos. Existem até mesmo pessoas que não veem o autismo como uma patologia em si, e sim uma condição psíquica com especificidades que devem ser compreendidas e respeitadas. E, por conta disso, não se busca a “cura”.

Sabemos que nove entre dez indivíduos com o diagnóstico de autismo têm problemas gastrointestinais. Hipócrates, o pai da Medicina, disse, há cerca de 2 mil anos, que “todas as doenças começam no intestino”. Entretanto, apenas recentemente a frase milenar ganhou peso na relação entre a alimentação e as emoções.
O intestino é fundamental na transmissão e no controle de informações dentro do organismo. Ele libera mais de 30 mensageiros químicos, os neurotransmissores, que conduzem informação de um lado para o outro, além da comunicação entre corpo e cérebro.


É no intestino delgado que se encontra a microbiota, que já está sendo considerada mais um órgão do corpo humano, por conta da sua importância reconhecida nos últimos anos. A saúde da microbiota vem do equilíbrio das bactérias que nela habitam, que chamamos de simbiose. Quando a microbiota está em desequilíbrio, chamamos de disbiose. É nesse estado que desencadeamos várias doenças. Em geral doenças inflamatórias e a síndrome do intestino permeável. Nesse último caso, danos na parede do intestino fazem com que seu conteúdo “vaze” na corrente sanguínea.

Nas crianças, a presença de sintomas gastrointestinais é frequentemente associada a um aumento da irritabilidade, acessos de raiva, comportamento agressivo e distúrbios do sono, além da baixa da imunidade.

Por tudo isso, devemos retirar os seguintes alimentos em escala de gravidade: – açúcar refinado (considerado um antinutriente), depois o leite e os derivados (por conta da sua incompatibilidade com a fisiologia humana), o glúten (cuja densidade agride a parede do intestino, sendo considerado um dos alimentos mais fermentativos hoje em dia), o milho e a soja (que prejudicam a absorção do iodo) e, por fim, o amendoim (que pode conter uma toxina na maioria das vezes). A carne vermelha tem uma digestibilidade difícil e lenta, deve ser evitada, para não maltratar o trato gastrointestinal. Também é interessante retirar os xenobióticos (produtos alimentícios ultra processados), assim como os metais pesados, as panelas de alumínio devem ser substituídas por inox, cerâmica ou vidro, e o fermento químico com alto teor de chumbo deve ser substituído por bicarbonato de sódio. O mercúrio também é prejudicial. Usar um filtro de eficiência minimiza a absorção desses metais. Dar preferência para as frutas, legumes e verduras orgânicas.

Fontes de ômega 3


Depois de retirar os alimentos agressores, vamos reparar a parede do intestino.

Vamos precisar ingerir fontes de ômega 3, um anti-inflamatório natural. Exemplos:

• SEMENTES: linhaça, girassol descascada, chia e gergelim. A Chia em especial tem os 9 aminoácidos dos 10 que a gente precisa, excelente fonte de proteína bio disponível de origem vegetal.
• OLEAGINOSAS: castanhas do Pará, castanhas do caju crua, castanha de baru (substitui perfeitamente o amendoim, com a vantagem de ser muito mais nutritiva), macadâmias, amêndoas e nozes.
• Vitamina A: Todos os legumes e frutas alaranjados orgânicos.

Para o processo de reestruturação dos enterócitos (reinoculação), precisamos ingerir prébioticos: espirulina, clorela e biomassa de banana verde. Todas as frutas e legumes com cascas e bagaços também são excelentes prebióticos.

Quando o intestino já estiver em simbiose (equilibrado), está na hora de repor fornecendo as bactérias boas: lactobacilos, Kombucha e legumes fermentados.

E, por fim, reequilibrar, proporcionando um bem-estar físico, mental e social, com modulação de estresse, qualidade do sono e do lazer.

Há algum tempo, os cientistas questionam se alterações no microbioma intestinal (composição de bactérias) poderiam provocar esses problemas em pessoas com autismo. Recentemente, diversas pesquisas passaram a apoiar a ideia e já sugerem que a recuperação do equilíbrio microbiano pode aliviar alguns sintomas comportamentais do transtorno e, assim, melhorar o aproveitamento das terapias realizadas e consequentemente melhorar a qualidade de vida.

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