Você está com dúvidas? Não confia nos ativistas? Não confia nos médicos? Escutem as mães. Somente uma mãe sabe o que é melhor para o seu filho. Há pais atípicos incríveis também, que inclusive estão junto conosco na linha de frente contra diversos retrocessos, mas escutem as mães também. Eu passei alguns meses nessa alienação de achar que o mundo era um mar de rosas, mas olhando para o meu passado e as dificuldades que enfrentei, não posso aderir ao egoísmo ou anular tudo o que minha mãe fez por mim. Ela foi a minha voz em diversas ocasiões, ela foi o meu alicerce.
Mães atípicas vivem constantemente sobrecarregadas, por vezes estão abdicando de suas vidas para proporcionar autonomia e qualidade de vida aos seus filhos, não é justo que nessa altura do campeonato elas sintam medo, pavor e desgosto por conta da irresponsabilidade de quem vive em um mundo utópico e reduz o autismo a suas próprias vivências.
O que está em jogo, meus amigos, não é somente uma discussão pífia, há muitos interesses envolvidos. O primeiro passo foi demonizar ABA, não deu certo porque nos unimos. O segundo passo foi reduzir o autismo a vivências únicas e dizer que “é somente uma diferença”, não deu certo porque nos unimos. Agora enfrentamos uma adversidade diferente: de acordo com informações que recebi, o @mineducacao supostamente teria falado que não escutaria as mães… Vocês tem noção do quão perigoso isso é? E não adianta dizer que EU estou colocando medo nas pessoas, eu estou alertando como já fiz por diversas vezes no passado. Quem está colocando medo mesmo é quem está agindo de forma leviana, anulando a voz de milhares de mães atípicas e aparelhando órgãos públicos para adquirir “mais poder”.
Sabe qual o próximo passo? Eu vou dizer: eles vão tentar retirar o autismo dos manuais diagnósticos com o discurso de que é apenas uma diferença e não uma deficiência. E o resultado… Bom, já sabem né? Perda dos direitos já adquiridos.
Vocês decidem, se não concordam comigo eu aceito críticas respeitosas. Quando digo escutem as mães, falo sobre TODAS, até as que discordam de mim, pois eu não quero exclusividade, quero um debate amplo. Escutem as mães!
