Hoje, ao ler uma frase compartilhada por uma mãe atípica, refleti sobre a minha própria jornada na maternidade. Enquanto muitos pais levam seus filhos para atividades como futebol ou balé, nós, pais atípicos, dedicamos nosso tempo às terapias, buscando dar a eles as ferramentas necessárias para se inserirem em um mundo que nem sempre está pronto para recebê-los.
A luta por inclusão e acessibilidade é constante — na escola, na sociedade, e até nas pequenas ações do cotidiano. Precisamos de cordões de identificação para evitar julgamentos e garantir nossos direitos.
Meu filho não é convidado para festas, jogar videogame ou grupos de trabalho. E, ao contrário do que muitos pensam, isso não melhora com o tempo. As exclusões continuam: ele não almoça com os colegas, não participa das saídas com outros adolescentes.
Mas eu acredito na inclusão. Acredito que podemos ocupar espaços sociais e que, no futuro, o mercado de trabalho abrirá suas portas para valorizar o que ele tem de melhor.
Lutamos diariamente contra uma sociedade que prefere nos manter à distância, segregados.
Este não é o caminho que imaginei, mas é o que nos foi dado. E seguiremos juntos, de mãos dadas com quem quiser trilhar ao nosso lado. Aprender a lidar com as crises e as particularidades do seu filho vai muito além de qualquer manual: é sobre estar presente, acreditar e lutar todos os dias. Porque, nesse jogo da vida, somos sempre um time.