20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Felca tem o meu respeito!

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Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas por um assunto: a denúncia do Felca contra influenciadores que erotizam crianças. Primeiramente, eu gostaria de parabenizar o Felca e dizer que ele tem meu respeito, eu valorizo muito a atitude dele, pois sempre abordei este assunto. Em segundo, eu me responsabilizo pelo que vou dizer: Hytalo Santos é asqueroso, um parasita midiático que se alimenta da imbecilidade alheia e da erotização de menores de idade.

Felca corre risco de vida, e deve ser protegido, pois mexeu em um vespeiro. Enquanto seres repugnantes como Hytalo Santos podem continuar profanando contra a sociedade. E as pessoas precisam parar de ser fanáticas, o que este rapaz faz é nojento. Chega de idolatrias nesse país. Certa vez saiu uma matéria em uma revista: “Wallace de Lira critica Lula e pede por um pedido de desculpas do presidente”.

Sim, eu critiquei Lula. Pois ele é meu funcionário, políticos são funcionários do povo. Lula errou e publicamente expressei a minha indignação. Todo cidadão deveria ser assim: sem idolatrias.

Ah, mas Wallace… Por que você não aparece mais?

Sinceramente? Eu estou me cansando cada vez mais das redes sociais e da mídia sensacionalista. Há mídias incríveis, como o portal Coletivamente, mas há veículos que são um desserviço. A Rede Globo pra mim é um desserviço. Léo Dias pra mim é um desserviço. Enquanto isso, influenciadores verdadeiros como o Felca são destruídos pela insanidade desse mundo em que vivemos.

Esses dias me perguntaram qual o tipo de perfil que constumo seguir…

Oras, eu sigo todo mundo. Eu quero aprender sobre tudo. Eu sou amigo pessoal de muitas pessoas famosas, mas também de muitas pessoas anônimas. Eu e algumas figuras que já participaram do BBB, nos seguimos. Como a Fani Pacheco, por exemplo, trocamos algumas curtidas por cordialidade. A Angélica Morango é uma das melhores amigas que tenho e conversamos com frequência. E eu odeio BBB. Sigo figuras como a Danny Mancini, por exemplo, ela me segue também e tivemos breves diálogos dentre curtidas e comentários.

Mas eu odeio a indústria pornográfica. Eu sigo o pastor Anderson Silva, somos amigos e temos WhatsApp pessoal, mas não sou tão religioso quanto ele. Eu sou amigo pessoal do Cássio e sempre me certifico se ele está bem, inclusive vou revelar uma coisa: Cássio já salvou a minha vida, ainda quando jogava no Corinthians. O Lucelmo Lacerda é um dos meus melhores amigos. O que tudo isso muda? Que eu estou em constante aprendizado, mesmo não gostando de algo, busco aprender. Não fico preso somente a uma coisa.

Cansado de veículos midiáticos

Mas não seria hipocrisia você dizer que não quer ser famoso e falar sobre figuras famosas?

Depois de 3 anos de ativismo, muitas fotos com pessoas que admiram meu trabalho, carinho imenso do público, premiações da Favikon e até de prefeituras, eu estou cansado de aparecer em veículos midiáticos. Fiz propaganda para a Piracanjuba uma vez, porque a empresa me enviou presentes. Mas eu reafirmo: não fico confortável de aparecer em mídias como a Rede Globo ou em portais sensacionalistas. Na verdade, entrevistas me incomodam e sempre reclamam de me ver pouco participando delas, mas isso é de mim.

Há uma mulher chamada Scarlath de Lira, minha mãe. Há uma outra mulher chamada Amora Oliveira, minha vó. Essas mulheres me ensinaram que com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades. Eu tenho um grande poder: influência e visibilidade. Mas, sinceramente? Não quero ser idolatrado. As pessoas podem até ver esperança em mim, mas por favor não me defendam até quando eu errar. Por isso não participo muito de entrevistas e recuso convites de podcasts. Não é chatice, é porque quem merece atenção é a causa autista, sendo autista, eu estou na causa. Mas a visibilidade deve ser ampla.

Eu sou um cara humilde, que prefere estar reservado. Certa vez, após terminar uma palestra, eu me sentei no palco para descansar. Um grupo de mães furou a barreira e eu quebrei o protocolo para tirar fotos com elas. Desci do palco e tirei, mesmo separado por uma barreira. Foi uma foto atrás da outra. E não é a primeira vez que isso acontece, por muitas vezes eu quebrei protocolos para atender as pessoas. Sabe porque? Minha mãe e minha vó me ensinaram a ter gratidão. E sabe a faixa que uso no meu cabelo? Sempre irão brilhar com esperança e humildade. Não é só por estilo, é para dizer: sou diferente, mas existo.

O que tudo isso tem a ver com o Felca?

Ele foi ele mesmo, ele enfrentou o sistema. Ele enfrentou pessoas perigosas e poderosas. Assim como muitas pessoas enfrentam diariamente, mas não são escutadas. Eu e Felca temos amigos em comum, mas nunca conversamos. A comunidade do autismo é repleta de casos de abuso infantil, isso deve ser combatido imediatamente. Felca trouxe luz e visibilidade ao tema. Estou em orações por ele e disposto a ajudar como puder!

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