A insônia recorrente em pessoas autistas adultas é um fenômeno complexo que tem despertado crescente interesse na comunidade científica. Estudos recentes, como o conduzido por Tordjman et al. (2017), indicam uma prevalência significativamente elevada de distúrbios do sono, incluindo insônia, em adultos no espectro do autismo.
Fatores multifatoriais contribuem para a suscetibilidade à insônia nessa população. A hipereatividade sensorial, comum em autistas, pode desempenhar um papel crucial na dificuldade de iniciar ou manter o sono. Além disso, a presença de comorbidades, como ansiedade e depressão, frequentemente associadas ao autismo, amplifica os desafios relacionados ao sono.
A escassez de intervenções eficazes para a insônia em adultos autistas destaca a necessidade de abordagens personalizadas. A adaptação de terapias cognitivo-comportamentais do sono, considerando as características específicas do autismo, emerge como uma possível estratégia terapêutica, conforme sugerido por Goldman et al. (2018).
Mais aprofundamento
É imperativo que futuras pesquisas aprofundem a compreensão dos mecanismos subjacentes à insônia em adultos autistas, permitindo o desenvolvimento de intervenções mais precisas e eficazes. Como percebido, ainda o campo das pesquisas relacionadas à temática ainda é pouca, o que merece mais aprofundamento, pois as crianças autistas irão crescer e podemos uma super população de pessoas autistas que sofrem com a insônia por diferentes fatores.
Referências:
- Tordjman, S., Davlantis, K. S., Georgieff, N., Geoffray, M. M., Speranza, M., Anderson, G. M., & Adrien, J. L. (2017). Autism as a disorder of biological and behavioral rhythms: toward new therapeutic perspectives. Frontiers in Pediatrics, 5, 157.
- Goldman, S. E., Richdale, A. L., Clemons, T., & Malow, B. A. (2018). Parental sleep concerns in autism spectrum disorders: variations from childhood to adolescence. Journal of Autism and Developmental Disorders, 48(3), 826-834. #autista_sincero