20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Motricidade e imitação

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Qual a relação entre motricidade, imitação e habilidades de comunicação social precoce em crianças com autismo?

O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento definido pelo comprometimento das habilidades sociais e de comunicação, além de comportamentos e interesses restritos. Os comportamentos sociais iniciais desempenham um papel crítico na aquisição de outras habilidades sociais e de linguagem.

Além disso, o desenvolvimento da comunicação social na pré-escola está associado a outros domínios do desenvolvimento, como motor e cognição. Por exemplo, durante os primeiros anos de vida, a aquisição de novas habilidades motoras oferece oportunidades para as crianças interagirem com objetos e pessoas.

Por outro lado, um crescente corpo de literatura documentou o importante papel da imitação no desenvolvimento da linguagem precoce e da comunicação social. O déficit em habilidades de imitação tem sido amplamente estudado em crianças com TEA. Existem evidências consistentes sugerindo que crianças com TEA apresentam comprometimento significativo nas habilidades de imitação.

Conexão entre movimentos

Um estudo examinou a relação entre função motora, capacidade de imitação e habilidades de comunicação social em crianças com TEA. Existem evidências sobre a conexão entre os domínios motor e outros do desenvolvimento, especialmente com o desenvolvimento da cognição e da linguagem. Por exemplo, Kim et al. (2016) sugeriram que o surgimento de novas habilidades motoras oferece uma oportunidade para a criança interagir mais com objetos e pessoas, causando um aumento nas habilidades sociais e de linguagem.

Em resumo, de acordo com os resultados desse estudo, pode-se concluir que tanto a capacidade de imitação quanto a função motora têm associação com algumas habilidades sociais. No entanto, esses resultados indicaram que poderia ser benéfico para o TEA direcionar habilidades motoras e de imitação em programas de intervenção precoce. Novos estudos devem medir o efeito dos protocolos de intervenção, especialmente a função motora, nas habilidades de comunicação no TEA.

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