Se seu filho autista já teve uma crise intensa, você sabe o quanto pode ser desesperador. Ver a criança gritar, se debater, se machucar e não conseguir se acalmar deixa qualquer pai sem saber o que fazer.
Mas aqui está o ponto mais importante: essas crises não são escolhas, são explosões neurológicas. O cérebro da criança entra em modo de defesa, liberando altos níveis de adrenalina e cortisol, tornando impossível qualquer controle racional naquele momento.
Muitos pais tentam conter fisicamente, segurando a criança, mas isso pode agravar ainda mais a crise. O toque excessivo pode ser interpretado como mais um estímulo invasivo, aumentando a resistência e a intensidade da reação.
O que fazer nesses momentos?
✔️ Reduzir estímulos externos – som, luz e contato físico excessivo podem intensificar a crise.
✔️ Manter a segurança sem força – ao invés de segurar, bloqueie movimentos bruscos de forma protetiva.
✔️ Regular a própria respiração – seu estado emocional influencia o da criança. Fale baixo, com frases curtas e calmas: “Estou aqui, você está seguro.”
✔️ Planejar estratégias preventivas – entender gatilhos e ajustar o ambiente pode reduzir a frequência dessas crises.
O surto vai passar, mas o suporte precisa continuar. Seu filho precisa de segurança, não de força. Com a abordagem certa, esses episódios podem ser prevenidos e amenizados.