O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos afirma que o transtorno do espectro autista (TEA) é quatro vezes mais comum entre meninos do que entre meninas. No entanto, o que especialistas têm alertado sobre dados como esse é que eles podem surgir devido a fatores que levam mulheres a serem diagnosticadas com autismo mais tardiamente, na adolescência ou ainda na vida adulta.
É o caso de Aline Pessota, de 34 anos, que só veio a ser diagnosticada com autismo aos 33. A suspeita do TEA surgiu quando o filho da empresária, Matheus, de 12, passou pela neuropsicóloga e recebeu o diagnóstico do transtorno. Inicialmente, Pessota suspeitava que ele tinha dislexia devido a dificuldade na escola.
Matheus foi diagnosticado com TEA nível um de suporte e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) misto. Quando a neuropsicóloga percebeu os indícios de autismo no adolescente, ela explicou que parte da sua conduta era orientar os pais sobre o transtorno ser hereditário e que o ideal seria tanto a empresária quanto o marido investigarem a possibilidade de também estarem dentro do espectro.
Pessota explicou o cenário para a neurologista que já a acompanhava devido a um quadro de enxaqueca e, então, foi encaminhada para realizar os mesmos testes neurológicos feitos por Matheus. A empresária foi diagnosticada com autismo nível um de suporte e TDAH misto também.
FONTE: Revista Marie Claire
Sabe o que mais me deixa triste nessa matéria? É o fato de essa mãe ter demorado tanto tempo para descobrir o nome da diferença que sempre a acompanhou. Infelizmente, mulheres autistas vivem uma vida inteira ou recebendo diagnósticos equivocados ou nem sequer recebem diagnósticos, como diz o início do texto. Se você desconfia de qualquer diferença, busque um especialista. Não hesite em cuidar da sua saúde mental!