A primeira coisa que você tem que saber é que o laudo conclusivo sobre o TDAH é feito por um médico. Pode ser um neurologista ou psiquiatra. Durante a consulta o médico realizará a anamnese – aquela entrevista com questionário específico – além de outra com pessoas próximas.
Uma vez identificadas as dificuldades existentes na sua vida, o médico realizará o encaminhamento aos demais profissionais de saúde, conforme a necessidade específica do seu caso. Aqui entrarão o psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional – que são imprescindíveis no diagnóstico e tratamento do transtorno.
O médico poderá solicitar, ainda, exames complementares, como o eletroencefalograma. Estudos realizados pelo Dr. Russel Barkley e Sandra Loo foram conclusivos acerca de uma menor atividade elétrica cerebral em crianças com TDAH. Logo, isso pode ser mais um indício para ajudar a confirmar o diagnóstico.
Sobre exames genéticos, apesar de haver estudos recentes demonstrando alterações em quatro genes reguladores de dopamina, este tipo não é solicitado, não estando, ainda, incluso como uma etapa do diagnóstico.
A investigação do TDAH não é algo simples e rápido. Não é simplesmente fazer um exame de sangue e obter a confirmação. Envolve uma gama de profissionais e processos que irão avaliar todos os sintomas e impactos destes na vida da pessoa.
Uma ressalva que eu gosto de fazer é que, apesar de não existir idade mínima para investigação do diagnóstico, recomenda-se que ela seja feita a partir dos 6, 7 anos – que costuma coincidir com a fase de alfabetização da criança. Aumentando as chances de um diagnóstico mais confiável.
Por não ter cura, não há uma necessidade de se renovar o laudo do TDAH. Exceto se você ou a equipe interdisciplinar desejar acompanhar a evolução de um determinado sintoma ou comorbidade. Recomenda-se, assim, realizar novas avaliações a cada 2 anos.
Lembre-se sempre que, se por qualquer motivo você não tiver segurança na equipe responsável pelo seu diagnóstico/tratamento, pode (e deve) buscar uma segunda opinião.
Fonte: Instagram TDAH Descomplicado (https://www.instagram.com/p/Ce4ByWFMrQj/?utm_source=ig_web_copy_link)
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