Treino parental não é um detalhe. É um dos pilares no tratamento do autismo — especialmente quando falamos de crises agressivas.

Muita gente imagina que só as terapias individuais são suficientes. Mas a verdade é que se o ambiente em casa não reforça os comportamentos que estão sendo ensinados na terapia, os resultados se perdem.

Você pode investir 20 horas semanais em atendimentos de qualidade. Mas se no fim do dia, no final de semana ou no feriado, os limites são confusos, os combinados mudam e os comportamentos inadequados são reforçados sem perceber… O cérebro da criança recebe mensagens contraditórias.

O treino parental entra justamente aqui: para orientar pai e mãe sobre como agir diante de uma crise, como reforçar comportamentos adequados, como prevenir escaladas e, principalmente, como manter uma rotina previsível e coerente.

Não é sobre “culpa dos pais”. É sobre estratégia, clareza e continuidade entre os ambientes.

Quando a família entende o que está fazendo, os avanços da terapia se consolidam — e o comportamento começa a responder com mais estabilidade.