20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Existe um universo para além do autismo que tem afetado a saúde mental das nossas crianças e nossos adolescentes. Precisamos olhar esse sujeito integralmente. Há tempos tenho me questionado profissionalmente e pessoalmente a respeito do que de fato é o autismo nessa era digital, pós-pandemia e, como diria meu mestre, “na pós-modernidade”.

Quando algo me incomoda, não cruzo os braços, busco reflexão, entendimento, compreensão para só depois realizar alguma ação. Trago pra mim a responsabilidade de cuidar, educar, acolher, ensinar, dar limites, amar e promover o desenvolvimento dos meus filhos com a mesma responsabilidade que entendo ter no compartilhamento de informações a respeito do autismo para a efetivação das políticas públicas.

Dito isso resumidamente, precisamos mudar de fato alguns comportamentos frente à disseminação de conhecimento na saúde mental, para não sermos veículos rasos de informação na formação de opinião do grupo social.

Autismo é complexo, sério e ainda requer muito da sociedade médica, terapêutica, política, econômica, parental , etc; Porém, existem outros diagnósticos, outras condições e outros contextos extremamente importantes que têm sido negligenciados na infância e adolescência porque muitos de nós voltamos nosso olhar apenas para um único padrão diagnóstico.

E, acreditem, o impacto desse cenário a médio prazo será danoso a todos nós, que, inclusive, promovemos diagnósticos irresponsáveis por pressão social. Um diagnóstico, um acompanhamento medicamentoso ou terapêutico equivocado é tão prejudicial quanto a ausência dele. Diagnóstico tem relação com prejuízos, sofrimento e tanto quanto uma intervenção precoce, ele precisa ser diferencial.

E é debruçada nessas provocações e reflexões que trarei o III Simpósio de Autismo e o I encontro de Saúde Mental da Infância e Adolescência 2024 na Baixada Santista.

Em breve, divulgarei mais informações, assim que a programação for enviada e aprovada pela coordenação técnica. Afinal, não fazemos nada sozinhos e sei que conto com quem mais trabalhou pela saúde mental no Brasil! Aguardem!

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