20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Meus filhos adultos nunca ouviram: “Tô avisando para seu próprio bem”. Filho sabe que queremos seu bem, mas não entende (ainda) que mãe antecipa o que vai sair mal.

Quanto menos experiência de vida, menos possibilidade de achar que sua escolha pode dar errado.
Filho precisa sentir dor também para saber se, como e o quanto dói.

É duro ver um filho sofrer, mas pode ser a única maneira dele aprender sobre a vida.
No primeiro erro, ele passa a pedir nossa opinião antes de embarcar na próxima aventura. Dessa vez, ele quer nossa reflexão porque vai acreditar que podemos mesmo ter razão. E se apesar do conselho, ele for em frente no suposto erro, pelo menos vai com mais calma, mais tempo, mais cuidado. É para isso que mãe de filho grande está na área.
Ajudar sempre.
Amparar, idem.
Humilhar, nunca.

Deixem seus filhos errarem.
É preciso.
Pensem em como vocês aprenderam grandes lições. Eu aprendi errando.
E depois deles errarem, não diga: “ Eu não te falei??…”
Errou tá errado. Dê um abraço de quem sente muito por ter dado errado, sem lição de moral. O filho sabe que errou, gostaria de ter te ouvido e não ouviu, não tem sentido tratar como criança.

Na vida adulta de nossos filhos vamos ficando cada vez mais amigos, referência. É por isso que eles voltam sempre à casa, não por obrigação, mas por saudade de um bom papo e de alguém que os ama incondicionalmente, principalmente, quando erram e aprendem com o erro.

Mães bem querem, mas não podem colocar os filhos em um potinho.

Desde o joelho ralado até o namoro com o amor que (achamos) “que não vale nada”, vai ter que passar por isso, sofrer, chorar, e pedir nossa opinião numa próxima.
Conversem sempre – e muito – com seus filhos. Quando existe diálogo, sem castigos, é bem mais provável que nossos filhos nos consultem antes de fazer alguma tolice.
Seja como for, estamos ali para acolher. Filho sortudo é aquele que sabe que tem a mãe (ou o pai, ou os dois) que vai(vão) lhe levantar do chão depois do tombo. Mãe sortuda é a que deixa de ser cuidadora para ser mentora de vida do filho adulto.

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Autismo na vida adulta, seus desafios e suas potencialidades. Falo mais sobre tudo isso no vídeo que segue.

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