20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Pesquisa com 200 no Japão

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Pesquisadores da Universidade de Fukui, no Japão, identificaram uma possível conexão entre os níveis de certos ácidos graxos no sangue do cordão umbilical e o desenvolvimento do transtorno do espectro autista (TEA). A descoberta tem como base a análise de 200 crianças e revela que um composto chamado diHETrE pode ter impacto direto na intensidade dos sintomas do autismo.

O diHETrE é um tipo de ácido graxo poli-insaturado que demonstrou efeitos distintos conforme sua concentração. Altos níveis da substância foram associados a dificuldades de interação social, enquanto concentrações mais baixas estiveram ligadas a comportamentos repetitivos e padrões restritos, características comuns do TEA. Notavelmente, os efeitos foram mais acentuados em meninas, levantando hipóteses sobre diferenças de gênero na manifestação do transtorno.

Os cientistas sugerem que medir os níveis de diHETrE ao nascimento pode se tornar uma ferramenta útil para prever o risco de autismo. Essa abordagem poderia possibilitar intervenções precoces durante a gravidez, influenciando positivamente o desenvolvimento neurológico do bebê. No entanto, os próprios autores do estudo ressaltam que são necessários mais estudos para confirmar essas possibilidades e transformar a hipótese em prática clínica.

As amostras utilizadas na pesquisa foram colhidas no momento do parto e posteriormente relacionadas com relatos dos pais sobre sintomas de TEA, observados quando as crianças completaram seis anos. Os achados foram publicados na revista científica Psychiatry and Clinical Neurosciences.

O transtorno do espectro autista é caracterizado por dificuldades na comunicação, interação social e comportamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de uma em cada 100 crianças no mundo apresenta algum grau de autismo, o que reforça a importância da detecção precoce para a adoção de terapias mais eficazes.

Dificuldade em interações sociais, rotinas rígidas, hipersensibilidade sensorial e interesses intensos por temas específicos podem indicar autismo em adultos. Diagnósticos tardios são comuns e ajudam na busca por apoio adequado. Especialistas recomendam atenção aos sinais comportamentais, principalmente quando afetam a qualidade de vida e relacionamentos interpessoais.

FONTE: https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/universidade-japonesa-faz-descoberta-relacionada-a-como-o-autismo-se-desenvolve/

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