20/06 | 2 anos de Coletivamente

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TDAH: cafeína pode ajudar

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A cafeína, uma substância amplamente consumida em todo o mundo, é conhecida por seus diversos benefícios à saúde, como a melhoria do desempenho físico e a proteção do sistema respiratório. Recentemente, um estudo publicado na revista científica Nutrients trouxe à tona a possibilidade de a cafeína ser uma aliada no tratamento de sintomas do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Aberta da Catalunha, na Espanha, conduziram uma análise sistemática de estudos anteriores sobre os efeitos da cafeína em pacientes com TDAH. Os resultados indicaram que o consumo controlado da substância pode aumentar a capacidade de atenção e retenção de informações em adolescentes e adultos com o transtorno.

De acordo com os cientistas, a cafeína melhora processos cognitivos essenciais, como a atenção espacial e seletiva, além de potencializar a memória de trabalho e de curto prazo. Javier Vázquez, pesquisador do laboratório de neurociências da universidade espanhola, destaca que a substância pode aumentar a flexibilidade cognitiva, beneficiando o aprendizado e a memória.

Além disso, o estudo aponta que a cafeína não altera a pressão arterial nem o peso corporal dos pacientes, tornando-se uma alternativa interessante aos medicamentos tradicionais para o TDAH, que muitas vezes apresentam efeitos colaterais indesejados.

Embora a cafeína mostre-se promissora para melhorar a atenção e a concentração, os pesquisadores alertam que ela não apresentou efeitos significativos em sintomas como hiperatividade e impulsividade. Portanto, é necessário cautela ao considerar a cafeína como tratamento para esses aspectos do TDAH.

O TDAH é um transtorno neurobiológico caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade, surgindo na infância e, muitas vezes, persistindo na vida adulta. O diagnóstico deve ser realizado por profissionais qualificados, como psiquiatras ou neurologistas.

As causas do TDAH são variadas e incluem fatores genéticos, anormalidades cerebrais, baixo peso ao nascer, e exposição a neurotoxinas, como o chumbo. Além disso, fatores ambientais, como abuso infantil e múltiplos lares adotivos, também podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno.

O diagnóstico do TDAH é complexo e requer uma avaliação cuidadosa por parte de profissionais de saúde. Embora não haja cura, tratamentos eficazes podem ajudar os indivíduos a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

A pesquisa sobre o uso da cafeína no tratamento do TDAH é promissora, mas ainda requer mais estudos para entender completamente seus benefícios e limitações. Enquanto isso, é importante que pacientes e profissionais de saúde considerem todas as opções de tratamento disponíveis, levando em conta as necessidades individuais de cada pessoa.

FONTE: https://www.correiobraziliense.com.br/cbradar/a-cafeina-pode-aliviar-sintomas-de-tdah-aponta-estudo/

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