O termo autismo profundo vem sendo cada vez mais utilizado na literatura científica para descrever pessoas autistas com necessidades intensas de suporte: aquelas que precisam de cuidados 24h, que são minimamente verbais, possuem deficiência intelectual significativa e enfrentam grandes desafios adaptativos.
Dados recentes do CDC (Centers of Desease Control), dos Estados Unidos, mostram que 26,7% das crianças autistas de 8 anos se enquadram nessa categoria. No entanto, elas são invisibilizadas em políticas, serviços e pesquisas: apenas 6% dos estudos clínicos as incluem.
Ainda não sabemos se essa categoria estará formalmente no DSM. É possível, mas não podemos afirmar com certeza. De qualquer forma, é um conceito para ficarmos atentos — ele pode ajudar a mobilizar recursos, gerar políticas públicas específicas e garantir direitos que hoje estão sendo negados.
Precisamos incluir todas as vozes no debate. E isso começa por conhecer, reconhecer e respeitar a diversidade dentro do espectro.
Salve, compartilhe e marque alguém que precisa saber disso.
.
Referência: The Lancet Commission on the future of care and clinical research in autism
Lord, Catherine et al.
The Lancet, Volume 399, Issue 10321, 271 – 334