Os dias passam depressa… Vivemos “divididos” entre tarefas, compromissos e a vontade de estar mais perto de quem amamos. Ainda assim, mesmo quando os momentos juntos parecem breves, eles podem ser profundamente significativos.
Estudos em neurociência mostram que os vínculos afetivos se constroem na repetição de experiências seguras, previsíveis e afetuosas. Não é sobre grandes eventos – é sobre o olhar atento, a rotina que acolhe, a presença que se repete.
Pesquisas indicam que, para o cérebro em desenvolvimento, a previsibilidade emocional tem um papel fundamental na construção de segurança e autorregulação (Schore, 2001; Sroufe, 2005). Interações consistentes, mesmo que curtas, ativam circuitos neurais associados à confiança, à empatia e à organização emocional (Siegel, 2012).
Por isso, mesmo nos dias corridos, os pequenos gestos não são pequenos: eles ajudam o cérebro a reconhecer padrões de segurança, fortalecem conexões emocionais – e mostram à criança que ela é amada. E isso permanece.
