Lembro quando cheguei à Holanda, em 1985, e só tinha acesso aos jornais do país. Ocasionalmente, conseguia comprar um jornal inglês. Só sabia o que acontecia no Brasil quando me comunicava com a família. As notícias internacionais eram filtradas de acordo com a sua importância para o mundo.
Quarenta anos depois, sabemos de tudo, o tempo todo, a toda hora que abrimos as dezenas de aplicativos que nos trazem todo tipo de notícia, importantes ou não para nós. Em sua maioria, notícias ruins, negativas, trágicas, vindas de todas as partes de cada país. Que mente aguenta esse tsunami de informação que choca?
O mundo não piorou, nem as pessoas ficaram ruins. Não mais do que sempre. Só sabemos de cada horror que acontece.
Para cada notícia ruim, saiba que algo de muito bom está acontecendo agora mesmo, mas não está sendo anunciado. O bem não vende. Vai até voltar a engajar porque estamos todos esgotados de saber da dor do mundo. Vídeos com ações simples de compaixão, amor e caridade já vêm viralizando, porque há necessidade de sabermos que o bem de cada dia também está por aí.
Crianças, idosos, família unida, trabalho voluntário, projetos sociais, bons (leais) amigos são o contraponto para toda a desconfiança e terror que costumam ficar depois de lermos sobre tantas desgraças, maldades e traições.
Sai da rede, hoje, e liga para um amigo, pra sua mãe, vai visitar sua avó, levar um abraço pra algum velhinho ou criança em asilo. Eu juro para vocês que isso dá um up incrível na nossa saúde mental e emocional.
Bom domingo!