20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Autista cria sebo em SP

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Apaixonada por leitura desde a infância, uma moradora de Itapetininga (SP) criou um sebo com o objetivo de dar “nova vida” a livros parados e levá-los até as estantes de famílias atípicas da cidade. O projeto foi idealizado por Laura Seine Vargem dos Santos, de 23 anos, que recebeu o diagnóstico de autismo depois de adulta.

Ao g1, Laura contou que a ideia do sebo surgiu no início deste ano, em parceria com o pai. O projeto tem dois objetivos principais: servir como uma forma de terapia ocupacional e garantir uma renda extra. Apaixonada por livros desde a infância, ela decidiu unir esse amor à proposta de dar nova vida a obras paradas. Os exemplares são revendidos a preços acessíveis e parte deles é repassada a instituições que apoiam famílias atípicas.

O funcionamento do sebo acontece através de doações. Os livros recebidos são limpos, catalogados, postos à venda em uma plataforma digital e expostos nas redes sociais. Atualmente, são três pontos de arrecadação, e já foram recebidos mais de 400 livros em três meses de projeto.

Na vida de Laura, a leitura começou a fazer parte de sua vida desde pequena, quando foi apresentada ao hábito e se cadastrou na biblioteca pública de Pindamonhangaba, onde morava. Ela chegou a emprestar os livros toda semana e leu quase toda a sessão infantil do local, viajando nas aventuras e mistérios dos clássicos.

“Esse hábito para mim, é muito importante, pois preenche o meu tempo e me faz conhecer mundos diversos, muitas vezes tornando meus dias mais leves. Quando fico sem ler, para que me falta algo, que meu dia está incompleto”, diz.

Conforme a organizadora, as pessoas a serem apoiadas pelo projeto são as que frequentam a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), e que também dá apoio a pessoas diagnosticadas com autismo após a vida adulta. Laura pretende expandir o sebo para um local físico, para que as pessoas consigam apreciar a leitura de forma mais acessível.

Ainda ao g1, Laura contou que sempre foi uma pessoa reservada, com dificuldade em lidar com multidões e sensível a sons altos. Apesar disso, esses comportamentos não afetavam sua rotina. No entanto, o isolamento durante a pandemia desencadeou problemas psicológicos.

No fim de 2022, durante uma consulta com uma psicóloga, surgiu a hipótese de autismo. Ela foi encaminhada para avaliação com uma neuropsicóloga e, após várias consultas, recebeu o diagnóstico de autismo tardio. Desde então, também passou a ser acompanhada por um psiquiatra.

“Apesar de já estar a mais de três anos em acompanhamento, sei que ainda tenho muito que evoluir para estar integrada a vida social”, completou.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/itapetininga-regiao/noticia/2025/06/29/apos-diagnostico-de-autismo-tardio-jovem-cria-sebo-que-beneficia-familias-atipicas-no-interior-de-sp.ghtml

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No vídeo abaixo, bem humorado, toco em pontos que comumente as pessoas confundem quando tratamos de autismo. Espero que gostem.

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