20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Empatia na volta às aulas

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O retorno às aulas após as férias de julho pode parecer simples para muitas famílias, especialmente quando não há grandes mudanças aparentes. Porém, para algumas crianças — em especial aquelas no espectro autista — esse momento representa um verdadeiro recomeço, repleto de incertezas e desafios.

A previsibilidade é um aspecto fundamental para o bem-estar dessas crianças. A pausa nas atividades e na rotina, mesmo que temporária, pode alterar a sensação de segurança e conforto que a rotina proporciona. Por isso, retomar o ritmo escolar exige tempo, adaptação, acolhimento e a validação dos sentimentos envolvidos.

Quando mudanças mais significativas acontecem — troca de escola, sala ou professores — a ansiedade pode ser ainda maior. Nesses casos, o acolhimento e a preparação antecipada tornam-se essenciais para minimizar o impacto emocional.

Práticas simples, como mostrar fotos do ambiente, relembrar a rotina e o trajeto até a escola, usar uma linguagem clara e previsível, ou mesmo visitar o local antes do retorno, podem fazer grande diferença no processo de adaptação.

Acima de tudo, o que mais importa é a presença verdadeira de pais, cuidadores e educadores, atentos não apenas às palavras, mas também aos comportamentos e sinais que as crianças podem apresentar. A segurança se constrói por meio do afeto, da atenção e da disponibilidade para estar junto.

Voltar às aulas é, portanto, muito mais do que retomar uma rotina: é iniciar uma nova etapa repleta de oportunidades para aprendizagem, crescimento e descobertas. As angústias, as dúvidas e os medos que surgem nesse momento não devem ser ignorados ou minimizados, mas sim acolhidos com respeito e empatia — pois são parte legítima da vivência e do desenvolvimento infantil.

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