Vejam o vídeo abaixo e leiam os comentários na página da Autismoinfoco, pois ilustram o caos que ronda a inclusão escolar.
A inclusão total falhou e ninguém tem coragem de admitir.
Já em 2019 saí da Holanda, onde moro, até Franca (SP), para explicar por que a inclusão falhou nos países mais desenvolvidos da Europa e por que era necessário investir em escolas especializadas. Na época, no auge do lobby da inclusão, até pessoas renomadas, que hoje apoiam o EE, se mantiveram céticas. Detesto dizer “já sabia”, mas eu sabia que seria um caos.
Apesar disso, sempre apoiei a decisão da maioria e desejo todos os dias que as escolas inclusivas se capacitem e acreditem que autistas em crise são capazes de se autorregularem com adaptações da própria escola.
O caso acima nos entristece e lembra o quanto o Brasil está longe da inclusão. E o quanto a mesma polariza milhares de pessoas que lidam com uma tarefa quase impossível de incluir cada criança autista, singular, em um ambiente coletivo, regular.
A quem tanto insistiu na inclusão total, peço que reveja os últimos cinco anos e lute com todas as forças para corrigir as falhas que não anteviram, tão óbvias para mim na época. Essa culpa eu não carrego, mas estou aqui sempre para explicar como poderia melhorar.
O caso aconteceu no dia 11/9, na Escola Municipal Maria Aparecida Martins Prado, no bairro Alphaville, quando o menino autista de 9 anos teve uma crise que a escola não soube manejar e acionou a Polícia Militar. Algo que deveria ser resolvido na escola, na presença de um dos responsáveis, termina em um provável trauma para a família.
A inclusão malfeita faz isso com as pessoas: divide, polariza, vitimiza e não inclui. Que cada um aprenda com seus erros e siga com esperança e mais preparação.