Muitas mulheres autistas aprenderam, ainda na infância, a camuflar características para se adequar às expectativas sociais. Esse esforço silencioso é exaustivo… E, não raramente, transforma o silêncio em uma forma de proteção e sobrevivência.
O silêncio, nesses contextos, não representa desinteresse ou distanciamento afetivo. Representa limite. Representa a tentativa de reorganizar sentidos, emoções e demandas internas que, por vezes, se tornam intensas demais.
Quando esse padrão é reconhecido mais precocemente permite reduzir a pressão por desempenho social, orientar estratégias de autorregulação e validar respostas que refletem necessidades reais.
Entender o silêncio como uma resposta legítima, sensorial e emocional, é parte fundamental do cuidado clínico com mulheres autistas.
Você já observou esse padrão em alguma situação?