20/06 | 2 anos de Coletivamente

Compartilhe

Pela paz e pela inclusão

Compartilhe

A oito dias do primeiro jogo da final da Copa do Brasil, entre Flamengo e São Paulo líderes das torcidas Autistas Rubro-Negros e Sou Tricolor Autista se encontraram em frente ao Morumbi. Rôsangela Barbosa, mãe do pequeno João Pedro, foi a representante da Sou Tricolor Autista, enquanto Marcos Felipe Leal, pai dos adolescentes Felipe e Gabriela, marcou presença pela Autistas Rubro-Negros.

Felipe e João Pedro inspiraram os apaixonados papais a criarem suas respectivas torcidas. Apesar das cores diferentes, Rôsangela e Marcos Felipe levantam a mesma bandeira, a da inclusão. O encontro em frente ao Morumbi teve dois objetivos: promover a paz e defender que pessoas com deficiência tenham dignidade e conforto nos estádios de futebol.

O gesto mais simbólico no combate à violência foi a troca de camisas. Rôsangela vestiu a camisa dos Autistas Rubro-Negros, e Marcos Felipe, a do movimento Sou Tricolor Autista.

“A algumas horas de uma grande final, nós do movimento Sou Tricolor Autista, tivemos a oportunidade de encontrar a torcida inclusiva do Rubro-Negro. O intuito de levantarmos a bandeira da torcida adversária foi demonstrar que, mesmo dentre nossas diferenças, temos que promover a cultura de paz nos estádios. Não precisamos nos matar porque torcemos para clubes diferentes. Pelo contrário: a união entre as torcidas pode mudar o mundo. E nós, com o movimento das torcidas inclusivas no Brasil, temos como propósito erguer a bandeira da inclusão. Da verdadeira acessibilidade! Vamos, São Paulo”, afirmou Rôsangela.

Marcos Felipe fez coro às palavras de Rôsangela e destacou que, durante seus encontros em São Paulo, ele e representantes de outras torcidas inclusivas manifestaram oposição à questão da torcida única nos estádios.

Rivalidade é o que menos importa

“A ideia através desse encontro com a Rô, do Tricolor Autista, e de encontros com o pessoal do Palmeiras e do Corinthians, é que a rivalidade é o que menos importa. Que é possível você torcer por times diferentes, mas com muito respeito, amizade e carinho. Isso não altera nada a questão dos nossos planos e sonhos em relação à inclusão. Essa questão da torcida única, por exemplo, é sem sentido. A gente quer tentar promover isso de que é possível ir para os estádios sendo autista, cadeirante… E, mesmo torcendo por times diferentes, poder assistir a um jogo numa boa, com paz. É possível se divertir, brincar e zoar sem violência. Isso é possível, e essa mensagem que queremos passar através desse encontro”, completou Marcos Felipe.

Quem levantará o troféu da Copa do Brasil: São Paulo ou Flamengo? A resposta só será dada em 24 de setembro, no Morumbi, mas os campeões de solidariedade, inclusão e amor ao próximo saíram no sábado. Autistas Rubro-Negros e Sou Tricolor Autista dividiram a conquista, e o encontro teve apenas vencedores.

Fonte: GE (https://ge.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2023/09/10/lideres-de-torcidas-de-autistas-de-flamengo-e-sao-paulo-se-encontram-no-morumbi-paz.ghtml)

Veja também...

No vídeo abaixo, bem humorado, toco em pontos que comumente as pessoas confundem quando tratamos de autismo. Espero que gostem.

Mãe, pai… Você não precisa dar conta de tudo.Nem ser perfeito.Nem acertar sempre. Ser pai ou mãe já é, por si só, …

Você já conhecia o Experimento de Milgram? Nos anos 1960, o psicólogo Stanley Milgram realizou um dos experimentos mais marcantes da história …

plugins premium WordPress