20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Atenção aos biomarcadores

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Biomarcadores de autismo são características ou substâncias mensuráveis, como genes, proteínas ou características comportamentais, que podem ser utilizados para identificar, diagnosticar ou acompanhar a evolução do transtorno do espectro autista (TEA).

Esses biomarcadores são fundamentais para melhorar o diagnóstico precoce, compreender a heterogeneidade do autismo e desenvolver tratamentos personalizados para os indivíduos afetados.

Biomarcador é o indicador de uma condição. Significa que ele é mais frequente em pessoas que têm a condição, do que em pessoas que não têm. No caso do autismo, ainda temos muitas questões em aberto. Logo, dos biomarcadores que enumerarei aqui, alguns possuem evidências mais sólidas e outros, menos sólidas.

Exame de imagem

O cérebro de autistas pode ser observado por características morfológicas ou funcionais. Porém, o espectro é muito amplo e por enquanto este não é o marcador mais utilizado. De qualquer forma, a cada dia surgem novos estudos que poderão apontar para esta direção.

Genes específicos

O autismo é uma condição poligênica, ou seja, existem vários genes que podem determinar a condição. É uma relação ainda não totalmente compreendida, mas que já possui muitos genes especificados.

Serotonina

Algumas pesquisas demonstram que em casos de autismo os níveis de serotonina aparecem aumentados no sistema periférico do cérebro e reduzidos no sistema nervoso central.

Macrocefalia

Uma meta-análise realizada em 2015 demonstrou que 15,7% dos indivíduos com autismo teriam macrocefalia. Uma questão que foi ponto de convergência entre as pesquisas é a menor taxa de poda neural no TEA. Outra possibilidade seria uma maior taca de brotamento sináptico, ou seja, a expansão dos neurônios para formação de novas sinapses. Lembrando que a macrocefalia não é um parâmetro decisivo para o diagnóstico.

Direção do contato visual (eye contact)

É mais frequente que pessoas com autismo não olhem nos olhos. Diferentemente dos demais, este é um biomarcador comportamental. Uma possibilidade para isso acontecer é que autistas têm dificuldade para discernir entre o estímulo socialmente relevante e o pouco relevante.

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