Quarenta e sete por cento das mães se sentem culpadas por filhos que têm o transtorno do espectro autista, segundo estudo conduzido pela Genial Care em parceria com a Tismoo.
Além disso, 64% dos que responderam ao questionário do levantamento “Retratos do Autismo no Brasil em 2023” afirmaram que não tinham contato com o TEA antes do diagnóstico do filho ou do próprio diagnóstico.
A pesquisa ouviu 2.247 pessoas, e a margem de erro é de 3% para mais ou para menos.
À CNN Rádio, a terapeuta ocupacional e diretora clínica da Genial Care Mariana Tonetto lembrou que o Brasil é muito grande e há quem “tem acesso ao diagnóstico e quem não tem acesso.”
Ela avalia que o número de mães que sentem culpa é muito alto: “O autismo é majoritariamente genético, a criança nasce com o TEA, não se torna, não há motivo para culpa.”
“Isso tem relação direta com informação, e claramente quanto mais informações temos, mais elas podem entender e se sentir melhores”, completou.
De acordo com Mariana, o autismo é “um problema de saúde pública”: “Dados mais atuais que temos apontam que 1 a cada 36 nascidos está no espectro, um número que é alto.”
“Provavelmente, aqui no Brasil há muitas pessoas sem o diagnóstico”, completou.
Na avaliação da especialista, precisamos de “profissionais capacitados” para lidar com o autismo, justamente pela alta prevalência do TEA.
O estudo também aponta que 73% dos cuidadores têm dificuldades financeiras para arcar com os custos do tratamento.
FONTE: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/47-das-maes-se-sentem-culpadas-por-filhos-que-estao-no-espectro-autista-diz-estudo/