A socialização é um dos pontos-chave de déficit no Tea e está diretamente ligada aos outros dois, a comunicação e o comportamento.
Quanto maior a necessidade de suporte no comportamento e comunicação, com certeza haverá maior dificuldade na interação social. No entanto, isso não significa que autistas nos níveis com maior suporte não queiram interagir. Eles podem gostar da companhia de outras crianças, mesmo que não brinquem do mesmo jeito que elas.
É comum a (tentativa de) socialização da criança autista nível 2 ou 3 de suporte ser confundida com agressão ou incômodo.
Puxar o cabelo, empurrar, puxar o braço, cutucar, ou rir na cara do amiguinho (sem autismo) pode ser o desejo de chamar a atenção dele – só que de modo totalmente inadequado. Tanto a escola quanto outros pais da criança que se sente agredida ou incomodada, deve direcionar a situação. A professora ensina a chamar a atenção dizendo “oi” (ou mostrando uma imagem referente ao “Oi”, se ela não é verbal) e explicar ao coleguinha do autista que seja um ajudante dela para ensinar o coleguinha a brincar.
Se a escola não sabe como lidar, a presença de um mediador ou Atendente terapêutico vai ajudar a contornar a situação. A última coisa que queremos é que:
– o aluno autista seja punido por socializar “errado”
– o coleguinha passe a ter medo ou raiva do autista
– os pais do coleguinha cobrem que a escola expulse o autista
– a socialização na escola seja um fiasco.
Leve à sua escola mais conhecimento sobre os desafios da interação social no TEA com maior necessidade de suporte.