20/06 | 2 anos de Coletivamente

Compartilhe

Pesquisa sobre canabidiol

Compartilhe

A efetividade do canabidiol (CBD) – uma das centenas de substâncias existentes na folha da Cannabis sativa, a planta da maconha – no tratamento de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) será alvo de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

A proposta de pesquisa foi selecionada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e contará com financiamento da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, do Ministério da Saúde (MS). A análise será focada no CBD, que difere do THC – outra substância psicoativa capaz de gerar euforia e alucinações.

Segundo o coordenador da pesquisa e professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Uece, Gislei Frota, a iniciativa considera o aumento de diagnósticos de TEA no mundo e o aumento na procura por tratamentos alternativos por parte de pais, cuidadores e profissionais de saúde, já que muitos quadros são acompanhados por irritabilidade, agressividade e até convulsões.

Além disso, a equipe viu necessidade de buscar uma análise imparcial e baseada em evidências sobre a segurança do CBD no tratamento. A pesquisa deve realizar uma revisão minuciosa e sistemática de estudos relevantes realizados pelo mundo e a avaliação de seus resultados.

O estudo, afirma Gislei, deve preencher as lacunas que a própria população busca, por vezes em fontes não confiáveis, como influenciadores na internet ou relatos baseados num uso pessoal. “Elas podem fazer daquilo uma generalização, o que pode ser um grande equívoco”, explica.

O pesquisador pondera que, diante da falta de evidências robustas, até mesmo médicos podem prescrever a substância “meio que às cegas”. 

“Hoje, cada um prescreve concentração e dose do seu jeito. O estudo vai nortear os próprios médicos porque um dos objetivos é subsidiar informações para que o Governo possa adotar políticas públicas baseadas em evidências sobre o uso da Cannabis”

Segundo Gislei, há correntes de pesquisa que defendem o uso apenas do CBD; outras, a mistura com o THC. Logo, o estudo da Uece ganha relevância para identificar se somente o CBD vai ter algum benefício para a população com TEA.

Os recursos financeiros do projeto serão aplicados em softwares, programas estatísticos, assistência técnica e consultorias. A previsão é que os resultados sejam divulgados em dezembro.

FONTE: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ceara/como-e-a-pesquisa-desenvolvida-no-ceara-que-avalia-uso-do-canabidiol-para-tratamento-de-autismo-1.3533501

Veja também...

É muito comum pessoas que tenham autismo apresentarem outras comorbidades. Essa é uma demanda que chega ao consultório com frequência. Explico neste …

Os números impressionam. Entre Pequim, Londres, Rio, Tóquio e agora Paris são cinco paraolimpíadas consecutivas em que o Brasil figura no ranking …

Dirigido pelo sul-mato-grossense Aaron Salles, o curta-metragem “Nunca Te Prometi Um Mar de Rosas” está sendo gravado por aqui e trouxe a …

plugins premium WordPress