20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Um estudo em andamento na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e no Hospital de Clínicas de Porto Alegre vai medir os benefícios de jogos de realidade virtual no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

A iniciativa recebe inscrições de adolescentes, entre 12 e 17 anos, para montar o primeiro grupo que testará o game. O foco é em pacientes com TDAH diagnosticado e que não usem medicações para controle da doença.

A proposta pedagógica é prender a atenção e fortalecer o foco do jogador, além de estimular o exercício físico de alta intensidade, situação já cientificamente comprovada como benéfica para quem tem TDAH.

O jogo, batizado de “Move Sapiens” simula uma luta de boxe contra um robô em um ambiente futurista. Tudo acontece por um óculos de realidade virtual. Cada golpe gera uma pontuação e, durante a partida, o adversário arremessa bolas de fogo que precisam ser desviadas.

“Nos últimos três a quatro anos surgiram evidências muito robustas na literatura internacional de que o exercício melhora de forma substancial a atenção e a função executiva, que é a capacidade de executar as coisas”, explica Luis Augusto Rohde, diretor do Programa de TDAH do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Segundo Rohde, o videogame entregaria o exercício aeróbico de forma mais atrativa.

Pietro Merola, doutor em ciência do esporte pela Universidade de São Paulo e desenvolvedor do jogo, pensou o cenário do game a fim de atrair o público adolescente – em grande parte, fãs de tecnologia. Para manter o jogador atento, também foi criada uma escala de pontuação:

“Quanto mais eu me exercito em alta intensidade, mais eu recebo pontos pra isso. E também tem questões de desafio cognitivo dentro do jogo: tempo de reação, esquivar do adversário, contra-golpear. Tudo isso é premiado”, diz Merola.

A meta do projeto é montar uma equipe de pacientes por mês, até dezembro. A partir do próximo ano, esse desempenho será analisado, com a publicação do estudo.

Os testes pré-análise já apontam um resultado positivo.

Interessados devem enviar um e-mail para pietrokmerola@gmail.com, ou fazer contato no telefone (51) 3359-8413.

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