Dois estudos — um com humanos e outro com ratos de laboratório — sugerem que a suplementação de vitamina D durante a gravidez pode ajudar a reduzir as chances de o bebê nascer com autismo.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição de neurodesenvolvimento que afeta a maneira como uma pessoa percebe e interage com o mundo. Mas gravidade e os sintomas variam amplamente entre os indivíduos.
O estudo feito com humano — conduzido em conjunto pelo Instituto do Cérebro da Universidade de Queensland, na Austrália, e pelo Centro Médico Erasmus, na Holanda — comparou mães com filhos autistas àquelas com filhos neurotípicos.
Ao todo, foram examinandas aproximadamente 4.200 amostras de sangue de mulheres grávidas e seus filhos, que foram monitorados de perto como parte do estudo de longo prazo.
As mães de crianças autistas apresentaram uma deficiência significativa de vitamina D, sugerindo que as duas condições estavam de alguma forma correlacionadas.
No experimento de acompanhamento feito em camundongos, os pesquisadores testaram o efeito de injeções de vitamina D em ratas prenhes para determinar se seus descendentes tinham menos probabilidade de desenvolver traços autistas.
Eles descobriram que fêmeas grávidas tratadas com vitamina D ativa no equivalente ao primeiro trimestre da gravidez humana produziram descendentes que não desenvolveram esses déficits compatíveis ao TEA.
Apesar dessa descoberta, os pesquisadores alertam que é preciso determinar quanto colecalciferol – a forma de suplemento que é segura para mulheres grávidas – é necessário para atingir os mesmos níveis de vitamina D hormonal ativa na corrente sanguínea.
Essas informações permitirão investigar melhor a dose e o momento ideais de suplementação de vitamina D para mulheres grávidas com o fim de reduzir as chances de o bebê ter autismo.
FONTE: https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/estudos-sugerem-que-vitamina-d-durante-a-gravidez-pode-reduzir-risco-de-autismo/