A psiquiatria nas décadas de 1940 e 1950 foi marcada por práticas médicas muitas vezes controversas e pela busca de novos tratamentos para transtornos mentais. Aqui estão alguns dos principais aspectos desse período:
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Década de 1940
Hospitalizações em massa: Ainda era comum o confinamento de pacientes em hospitais psiquiátricos, onde muitos sofriam maus-tratos.
Terapias de choque: A eletroconvulsoterapia (ECT) começou a ser amplamente utilizada, muitas vezes sem anestesia, causando sofrimento aos pacientes.
Psicocirurgia: A lobotomia ganhou popularidade como um “tratamento” para transtornos mentais graves. O neurologista António Egas Moniz chegou a ganhar o Prêmio Nobel de Medicina em 1949 por essa prática, que depois foi altamente criticada.
Década de 1950
Avanço dos psicofármacos: Foi descoberta a clorpromazina, o primeiro antipsicótico, marcando o início da psicofarmacologia moderna. Isso permitiu tratar pacientes sem necessidade de internação prolongada.
Críticas aos manicômios: Os abusos em hospitais psiquiátricos começaram a ser questionados, mas a desinstitucionalização ainda estava distante.
Psicanálise em alta: A influência de Freud cresceu, e a psicoterapia começou a ganhar mais espaço no tratamento das doenças mentais.
Esse período foi um divisor de águas na psiquiatria: de um lado, tratamentos agressivos e institucionalização, e do outro, o início dos psicofármacos e uma visão mais humanizada da saúde mental.