20/06 | 2 anos de Coletivamente

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Os fatores genéticos

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O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação e o comportamento. Estudos recentes indicam que a presença de autismo em um membro da família pode aumentar significativamente a probabilidade de outros membros também desenvolverem o transtorno. Pesquisas realizadas no Kennedy Krieger Institute, nos Estados Unidos, destacam a importância de considerar fatores genéticos e ambientais ao avaliar o risco de autismo em crianças.

Os dados sugerem que crianças com um irmão mais velho diagnosticado com autismo têm uma probabilidade sete vezes maior de também serem diagnosticadas com o transtorno. Este achado sublinha a relevância de monitorar de perto o desenvolvimento de crianças em famílias onde o autismo já foi identificado.

Probabilidade em irmãos

O estudo analisou mais de 1.600 bebês que tinham irmãos mais velhos com autismo, acompanhando seu desenvolvimento dos 6 meses aos 3 anos de idade. Os resultados mostraram que 20% dessas crianças também foram diagnosticadas com autismo. O risco é ainda maior em famílias com múltiplos casos de autismo, chegando a 36% quando há mais de um irmão mais velho com o transtorno.

Esses números ressaltam a importância de um acompanhamento precoce e contínuo para identificar sinais de autismo em crianças que têm irmãos com o transtorno. A identificação precoce pode permitir intervenções mais eficazes e melhorar os resultados a longo prazo.

O estudo também revelou que o sexo da criança desempenha um papel significativo no risco de autismo. Irmãos mais novos de meninas autistas têm uma probabilidade de 35% de desenvolver o transtorno, enquanto para irmãos de meninos, essa probabilidade é de 23%. Além disso, meninos têm maior probabilidade de serem diagnosticados com autismo do que meninas.

Outros fatores, como a etnia e o nível de educação materna, também parecem influenciar o risco. Famílias de outras raças apresentaram uma taxa de recorrência de autismo de 25%, em comparação com 19% em famílias brancas. Além disso, o nível de educação da mãe mostrou-se relevante, com uma taxa de recorrência de 33% em mães com ensino médio ou menos, diminuindo em mães com ensino superior.

Significado para as famílias

Essas descobertas têm implicações importantes para famílias com histórico de autismo. A conscientização sobre os fatores de risco pode ajudar os pais a buscar avaliações e intervenções precoces para seus filhos. Além disso, compreender a influência de fatores como sexo e educação materna pode guiar estratégias de apoio e recursos para famílias afetadas pelo autismo.

Em suma, a pesquisa destaca a complexidade do autismo e a necessidade de abordagens personalizadas para o diagnóstico e tratamento. Compreender os riscos associados ao histórico familiar pode ser um passo crucial para melhorar o suporte e os resultados para crianças com autismo.

FONTE: https://istoe.com.br/istoegeral/2025/02/23/autismo-fator-genetico-eleva-chances-em-familias/

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