A advogada e professora Tatiana Takeda, publicou em suas redes sociais o relato abaixo. Vejam que incrível!
“Uma mulher com autismo e dificuldade de aprendizagem foi erroneamente mantida em um hospital psiquiátrico na Inglaterra por 45 anos, desde que tinha apenas sete anos de idade, e em segregação prolongada por mais de duas décadas.
Acredita-se que Kasibba, que recebeu esse nome de autoridades locais inglesas para proteger sua identidade e não se expressa verbalmente (ou seja, por meio da fala), seja originária de Serra Leoa.
Patsie Staite, uma psicóloga clínica que fez parte da equipe que trabalhou para retirá-la da institutição contou ao programa de rádio File on 4 Investigates, da BBC, sobre o processo, que se estendeu por longos nove anos.
O Departamento de Saúde e Assistência Social da Inglaterra declarou à BBC que considerava inaceitável que tantas pessoas com deficiência ainda estivessem sendo mantidas em hospitais psiquiátricos no país, e afirmou que esperava que as reformas na Lei de Saúde Mental evitassem internações inadequadas.
Mais de duas mil pessoas com autismo e dificuldade de aprendizagem ainda estão sendo mantidas em hospitais psiquiátricos a Inglaterra, incluindo cerca de 200 crianças.
O hospital, que não pode ser identificado para proteger a identidade de Kasibba, disse que em nenhum momento o atendimento prestado foi questionado, e que o serviço foi classificado como excelente pela Comissão de Qualidade do Atendimento (CQC, na sigla em inglês).”