Zoraya ter Beek, 29, teve sua solicitação de eutanásia por ‘sofrimento mental’ aprovada na Holanda. Ela luta contra depressão crônica, ansiedade, transtorno de personalidade e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a mulher, ela já passou por diversos tratamentos intensivos, incluindo psicoterapia, medicação e sessões de eletroconvulsoterapia (ECT). “Para mim, será como adormecer. Meu parceiro estará lá, mas eu disse a ele que está tudo bem se ele precisar sair da sala antes do momento da morte”, disse.
De acordo com Ter Beek, a decisão pela morte assistida veio após seu psiquiatra afirmar que não havia mais nada que pudesse fazer por ela. Nas redes sociais, Zoraya foi bastante criticada. As pessoas afirmam que se ela não tem saúde mental, também não poderia tomar essa decisão. Ter Beek, considerou o questionamento, um insulto.
“As pessoas deduzirem que, apenas porque está com transtornos mentais, você não consegue pensar direito”.
Ela, porém, afirmou que é compreensível que casos como o seu, bem como o debate mais amplo sobre a legalização da eutanásia, sejam controversos.
Sofrimento insuportável
“Entendo o medo que algumas pessoas com deficiência têm em relação à morte assistida e a preocupação de que as pessoas sejam pressionadas a morrer. Mas na Holanda já temos esta lei há mais de 20 anos. Existem regras muito rígidas e é muito seguro”, afirmou.
Segundo lei do país, uma pessoa pode solicitar a eutanásia quando está “passando por um sofrimento insuportável, sem perspectiva de melhora”.
A Holanda foi o primeiro país do mundo a legalizar a eutanásia ativa e o suicídio assistido, seguida pela Bélgica. Portugal, Equador, Cuba e Colômbia. Na Áustria e na Suíça, a eutanásia é proibida, mas é permitido o suicídio. A pessoa tem acesso a uma substância letal que é ingerida ou aplicada pelo próprio paciente.
A morte assistida de Ter Beek deve ocorrer dentro de algumas semanas.
Fonte: D24am. Leia mais em https://d24am.com/mundo/mulher-com-tea-alega-ter-sofrimento-mental-e-solicita-eutanasia/