O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno do desenvolvimento, que pode afetar a forma como a pessoa se comunica, como se comporta e interage. Os sintomas e sinais iniciais podem aparecer na primeira infância. Não há cura para o transtorno do espectro do autismo. No entanto, existem terapias e serviços que podem ajudar as pessoas com autismo a melhorar a qualidade de vida.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que, em todo o mundo, uma em cada 160 crianças tem autismo. No entanto, algumas pesquisas atuais têm relatado números que são significativamente mais elevados.
Há muitas explicações possíveis para esse aumento aparente, segundo a OMS. Isso inclui aumento da conscientização sobre o tema, a expansão dos critérios diagnósticos, e maior conhecimento dos médicos.
O termo transtorno de espectro refere-se a condições que variam amplamente em termos de gravidade e apresentação, como no caso do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em vez de ter uma definição fixa e específica, um “espectro” indica que os sintomas, as habilidades e as dificuldades podem variar de pessoa para pessoa. Isso significa que duas pessoas com o mesmo diagnóstico podem ter experiências muito diferentes. Em geral, esses transtornos envolvem um conjunto de características que se manifestam em diferentes níveis, indo de leve a grave.
Por exemplo: uma pessoa com autismo de alto funcionamento consegue se expressar bem verbalmente. Uma pessoa com autismo na outra extremidade do espectro pode ter pouca ou nenhuma fala.
Sinais e sintomas
Existem muitos sinais e sintomas do Transtorno do Espectro Autista. Adultos e crianças afetados geralmente não apresentam todos os sintomas. Além disso, algumas pessoas sem autismo também podem apresentar alguns desses sinais. Pessoas com autismo geralmente têm dificuldade de comunicação. Frequentemente, também acham difícil formar conexões emocionais e sociais com outras pessoas.
As impressões sensoriais, como sons ou cheiros, também podem ser processadas de forma diferente das pessoas neurotípicas (sem autismo). Os sinais do TEA podem aparecer na primeira infância. Existem certos marcos que as crianças deveriam ter alcançado em determinados pontos do seu desenvolvimento. Isto inclui, por exemplo, balbuciar após 4 a 6 meses ou falar frases simples aos 2 anos.
Se esses marcos forem atrasados ou não forem alcançados, pode ser um sinal de um distúrbio de desenvolvimento, como o autismo.
Os mais comuns
# Evita contato visual.
# Atraso no desenvolvimento da linguagem e da comunicação.
# Dependência de regras e rotinas.
# Dificuldade com mudanças relativamente pequenas na vida cotidiana
# Reações inesperadas a sabores, sons, cheiros, bem como ao toque
# Problemas para entender os sentimentos de outras pessoas
# Foco ou obsessão por interesses ou objetos muito específicos
# Movimentos repetitivos, como bater as mãos ou balançar o corpo para frente e para trás
# Nenhuma resposta ao próprio nome aos 12 meses
Em adultos
Muitas vezes, o diagnóstico só chega na fase adulta. Isso pode acontecer, entre outros motivos, porque sintomas leves podem não ser reconhecidos. Muitas vezes, as dificuldades sociais ou comportamentais podem ser confundidas com traços de personalidade ou apenas timidez.
Além disso, alguns indivíduos com autismo conseguem desenvolver mecanismos de compensação para mascarar suas dificuldades sociais e sensoriais, imitando comportamentos sociais ou evitando situações desafiadoras, o que atrasa o diagnóstico.
Outras vezes, essas pessoas terem sido mal diagnosticadas no passado, por exemplo, com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade ou transtorno obsessivo-compulsivo.
Adultos com sintomas leves que estão na faixa de alto funcionamento do espectro podem apresentar os seguintes sinais:
# Dificuldades em situações sociais.
# Evita contato visual.
# Preferência por regras e rotinas.
# Inquietação quando as rotinas mudam.
# Hipersensibilidade a ruídos altos ou cheiros ou sabores fortes.
# Dificuldade em manter amizades.
Adultos na faixa de baixo funcionamento do espectro podem apresentar os seguintes sinais:
# Nenhuma comunicação verbal ou habilidades linguísticas muito limitadas.
# Necessidade de ajuda na vida cotidiana, por exemplo, para se vestir.
# Tiques comportamentais, como balançar repetidamente para frente e para trás.
# Extrema inquietação quando as rotinas mudam.
Padrões de comportamento repetitivos
Muitas pessoas com autismo têm tíques repetitivos. Esses padrões de comportamento repetitivos também são chamados de estereotipia, comportamento autoestimulante ou stimming. Exemplos de tal comportamento incluem:
# Agitar os braços.
# Balançar o próprio corpo para frente e para trás.
# Pular (mesmo sentado).
# Necessidade de brincar com elásticos ou cordas ou girar objetos.
# Repetir o som ou frase ouvida.
Embora o stimming seja natural para autistas, em alguns casos, pode ser necessário intervir se ele se tornar prejudicial (como se machucar) ou interferir em atividades diárias importantes.
Diagnóstico de autismo
A maioria das crianças com transtorno do espectro do autismo começa a apresentar sinais antes dos dois 2 anos de idade. O diagnóstico e a intervenção precoces são, portanto, possíveis.
A Academia Americana de Pediatria recomenda que os médicos examinem os primeiros sinais de autismo aos 18 e 24 meses de idade.
Pediatras, psicólogos, neurologistas e outros profissionais médicos possuem vários métodos para diagnosticar o transtorno do espectro do autismo em crianças.
O tratamento precoce é muito importante para crianças com autismo. Métodos de tratamento como terapia da fala e outros treinamentos comportamentais são mais eficazes quanto mais cedo forem iniciados.
É por isso que é útil diagnosticá-lo o mais cedo possível. Se você suspeitar que você ou alguém que você conhece tem autismo, procure orientação médica.
FONTE: https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/reconhecendo-o-autismo-sinais-sintomas-e-diagnostico/