Nossa família decidiu, desde o início, que o diagnóstico do Edinho não iria atrapalhar o amor que sentíamos por ele. Por amor, enxergamos além do autismo dele.
Nossos filhos têm uma personalidade própria. Edinho era (é) um menino querido, carinhoso, feliz, determinado. Eu via o que os outros não viam porque tudo o que notavam era o que estava errado.
QUANDO ALGUÉM OLHA PARA UM AUTISTA E BUSCA DEFEITOS, ELE OS ACHA.
Enquanto não buscarmos mais que aquilo que achamos inadequado, estaremos perdendo tudo o que acaba por permitir seu desenvolvimento. A começar, nossa atitude precisa ser humilde, procurando saber quem é a pessoa atrás do rótulo.
Meu filho era “o autista” para muita gente. Para mim, seu pai e suas irmãs, ele sempre foi o nosso Edinho, repleto de possibilidades e características tão mais importantes do que seu diagnóstico.
QUANDO ALGUÉM OLHA PARA O AUTISTA E BUSCA QUALIDADES, ELE TAMBÉM AS ACHA.
Busque aquilo que você quer encontrar, desenvolva, use a favor da evolução da pessoa autista. Faça a conexão. Trate as comorbidades mais fortes (os maiores desafios). Conheça as teorias (da mente, da coerência central fraca, das funções executivas) e resista, acima de tudo.