20/06 | 2 anos de Coletivamente

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E se houvesse um aplicativo que ajudasse a localizar prestadores de serviço para pessoas com deficiência (PCDs)? Esse foi o questionamento que deu origem ao ‘Tamos Aqui’, um app idealizado por Ana Guedes, 55 anos, e por sua amiga Chris Calmon, 51, ambas do Rio de Janeiro, para facilitar a rotina de quem precisa de acesso rápido e facilitado a esses profissionais. Em fase final de desenvolvimento, o aplicativo deve ser lançado ainda neste mês, inicialmente para aparelhos Android.

A tecnologia busca sanar as dores de um segmento que corresponde a quase 9% da população brasileira com dois anos ou mais. De acordo com dados do IBGE, o país tem 18,6 milhões de PCDs nesta faixa etária. Apesar de numerosa, essa parcela da população ainda encontra desafios para acessar os serviços mais básicos. E essas dificuldades são bastante familiares para Guedes, que tem um filho de 11 anos com autismo.

“Eu faço parte da persona do projeto porque eu tenho um filho com autismo que é não-verbal e que é altamente dependente. Então, eu conheço todas as dores, todos os desafios, todos os sonhos e todos os desejos dessa persona”, diz a empreendedora.

Para a elaboração do aplicativo, ela não só tomou como base as experiências da maternidade como também as da vida profissional. São mais de 20 anos trabalhando ao lado de Calmon no ramo da publicidade. Mais recentemente, as duas passaram a atuar na área de UX (sigla em inglês para experiência do usuário). A expertise da dupla fez com que o projeto idealizado no ano passado pudesse chegar aos smartphones de quem mais precisa.

Versão inicial

A versão inicial terá cerca de 20 profissionais. A ideia é que o portfólio do buscador seja ampliado com o passar dos meses, tanto com a possibilidade de cadastro voluntário de quem trabalha com PCDs quanto com a inserção de prestadores de serviços indicados pelos próprios usuários. Com isso, o objetivo é ofertar uma vasta gama de dados de dentistas, professores, trabalhadores da beleza, terapeutas, cuidadores, entre outros, espalhados por todo o Brasil.

O cadastro de usuários e de profissionais será gratuito. A ideia é que o financiamento do negócio venha de cotas de patrocínio, que já começaram a ser apresentadas para as empresas. O investimento na cota mais barata, a Bronze, é de R$ 5 mil por mês. Já a de maior valor, a Diamante, é de R$ 75 mil mensais.

De acordo com a política do projeto, as empresas patrocinadoras não poderão ser as mesmas que ofertarão os serviços cadastrados. “A gente não quer que o profissional pague pelo cadastro e que depois os usuários pensem que aquela avaliação positiva dele no aplicativo tem relação com o pagamento”, explica Guedes.

O plano inicial era disponibilizar o aplicativo neste domingo (3/12), data em que se celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Porém, o lançamento foi adiado devido à necessidade de ajustes técnicos.

Além de ser uma forma de oferecer soluções para o público com deficiência, o lançamento do aplicativo será uma maneira de Guedes realizar também um desejo antigo. Ela buscava, há tempos, uma maneira de trabalhar em algo que não prejudicasse a dedicação que precisa dar ao seu filho autista.

“Um dos grandes desafios que eu tenho e que outros pais também têm é o de conciliar a vida profissional com a de mãe e pai. Muitos profissionais acabaram se especializando em atender pessoas com deficiência por causa dos seus filhos. E esse projeto, para mim, veio a calhar com o que eu já estava em busca”, afirma a publicitária.

Fonte: Revista PEGN (https://revistapegn.globo.com/mulheres-empreendedoras/noticia/2023/12/mae-de-crianca-autista-cria-app-para-localizacao-de-profissionais-especializados-em-pcds.ghtml

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