Ser mãe de criança atípica é viver na ponta dos nervos, sempre pronta pra bater de frente com um médico desatualizado.
É se emocionar com um olhar, uma palavra, um toque, que pra outras mães pode ser rotineiro mas pra você é uma conquista.
E desabar com um laudo, uma crise, uma regressão.
É virar especialista em neurologia, terapia ocupacional, fisioterapia e comportamento, mesmo sem diploma.
É negociar com o plano de saúde, com a escola e com o próprio cansaço.
É entender que o desenvolvimento não é uma linha reta. Que cada conquista vem no tempo da criança, mas que não podemos deixar de fazer a nossa parte fornecendo atendimento e suporte de qualidade pra ela se desenvolver.
Conviver com as mães no consultório me ensinou mais que qualquer livro. Porque os livros são ótimos, mas no fim do dia precisamos entender que essa criança volta pra casa de uma mãe cansada… E como essa mãe cansada será capaz de dar conta de mais 200 exercícios pra casa?