Ao dissertar sobre o tema “Fisioterapia no TEA”, durante o primeiro dia do Meeting de Autismo, que a Academia do Autismo realiza em Cabo Frio, Rio de Janeiro, a doutora Carolina Quedas, professora de educação física, fisioterapeuta, especialista em TEA, reforçou a necessidade de se observar atentamente os movimentos das crianças nos primeiros anos de vida, como forma de se obter um eventual diagnóstico de TEA da forma mais precoce possível.
“TEA só tem atraso de fala. É porque a fala é o que dá mais o boom da percepção. Mas para falar, a criança precisa de outros movimentos, como os de fono, por exemplo”, conta ela, reforçando que é preciso prestar atenção no todo e não apenas na fala como fator decisivo para traçar um diagnóstico de autismo nos primeiros anos de vida.
Defensora da intervenção fisioterápica como ingrediente importante no tratamento de pessoas no espectro, Carolina aproveitou sua palestra para explorar questões que envolvem a psicomotricidade, a fonoaudiologia e a importância de se trabalhar músculos e a cognição. E pela receptividade da plateia, formada em sua maioria por profissionais e pessoas ligados ao universo do TEA, ela agradou: ao final, foi efusivamente aplaudida.