Mesmo sendo utilizado em avaliações motoras, esse teste, o GMFM (Medida da Função Motora Grossa), não se aplica às dificuldades motoras no autismo por várias razões:
a) Falta de sensibilidade: não é sensível o suficiente para identificar diferenças no desenvolvimento motor de crianças com TEA, que apresentam muitas vezes padrões de movimento atípicos e variados.
b) Limitações na avaliação de habilidades sociais e comportamentais: o GMFM foca em habilidades motoras grossas, deixando de fora aspectos importantes do comportamento social e emocional, importantes no TEA.
c) Complexidade das habilidades motoras: essas habilidades em crianças com TEA são complexas e envolvem, além da coordenação motora, fatores cognitivos, sensoriais e emocionais. Esse teste não captura esses pontos.
d) Falta de personalização: é um teste padronizado que não leva em consideração as necessidades individuais de cada criança com TEA que precisa de uma avaliação e intervenção personalizada.
Utilizando esse tipo de teste, no final, você terá um relatório que não demonstra a real situação do seu paciente e não será capaz de realizar um plano de intervenção eficiente.
Para avaliar pacientes com TEA, você precisa utilizar testes como TGMD, Bot2 e MABC, que são validados e aplicados em autistas.