É evidente o risco de sobrepeso e obesidade para pessoas no espectro autista, mas a relação entre comportamento e o funcionamento dessas pessoas ainda não apresenta conclusões definitivas.
Os riscos aumentados envolvem fatores como sono irregular, problemas emocionais, problemas gastrointestinais, seletividade alimentar, atividades sedentárias e pouco incentivo aos exercícios físicos. E, também deve-se destacar vulnerabilidades genéticas à obesidade, diferenças hormonais, uso de psicotrópicos e comorbidades associadas como o TDAH, a ansiedade e a depressão. Embora seja evidente o risco à saúde, pouco se sabe e pode ser estabelecido como causa determinante a deixar mais vulneráveis os indivíduos TEA.
O sobrepeso e a obesidade são questões de saúde pública para a população em geral, contudo, devido ao aumento de casos de autismo comprovados, deveria haver maior incentivo à pesquisa, buscando comprovar hipóteses já levantadas como o peso não saudável entre autistas estar associado a maiores prejuízos no funcionamento comportamental (sintomas do TEA, habilidades adaptativas). Uma em cada três crianças e adolescentes TEA está acima do peso ou obesa, segundo levantamento da Academic Pediatrics com três mil indivíduos.
Além das pesquisas
Ressalto aqui a necessidade de se olhar além das pesquisas infantis o potencial para ganho de peso em adultos e idosos, pois com o envelhecimento a possibilidade de aumento do índice de massa corpórea pode ser maior. Ainda segundo essa pesquisa, é obvia a tendência entre autismo e obesidade, embora esteja obscuro o que contribui para essa associação. Os médicos, mesmo que ainda não possam atuar com certeza na causa, alertam para a prevenção, o tratamento e, também, o hábito de praticar exercícios físicos como forma de evitar
doenças associadas à obesidade, tais como diabetes e problemas cardíacos.
Referências: Obesity and Autism – https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4657601/
http://www.abeso.org.br/ https://clieme.com.br/noticia.php?id=274