O autismo, conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), não se limita apenas à infância. Muitas pessoas adultas convivem com os sintomas dessa condição sem saber, pois os sinais podem ser facilmente confundidos com características de personalidade ou hábitos comuns. Além disso, muitos indivíduos autistas desenvolvem estratégias ao longo da vida para disfarçar esses sinais.
Embora cada pessoa com autismo tenha uma experiência única, alguns sinais são comuns e frequentemente passam despercebidos. Esses sintomas podem variar em intensidade e impacto na vida cotidiana do indivíduo, mas é essencial reconhecer as dificuldades que os adultos com TEA enfrentam. Entre os sinais que podem ser ignorados, destacam-se:
Desconforto em situações sociais.
Dificuldade para interpretar expressões faciais, tons de voz e linguagem corporal.
Preferência por interações individuais em vez de grupos grandes.
Sensibilidade extrema a ambientes altamente estimulantes.
Dificuldade em lidar com mudanças ou rotinas alteradas.
Interesse obsessivo por tópicos específicos, muitas vezes incomuns.
Falar de forma monótona ou com um ritmo peculiar.
Problemas para compreender nuances em conversas, como sarcasmo e ironia.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio que altera funções do neurodesenvolvimento, afetando as habilidades de comunicação, interação social e comportamento. Por ser um espectro, o autismo se manifesta de maneiras distintas em cada pessoa, o que significa que os sintomas podem ser leves ou graves, dependendo do caso.
Estima-se que existam cerca de dois milhões de brasileiros com TEA, embora esse número seja impreciso, já que o diagnóstico de autismo em adultos ainda é frequentemente subdiagnosticado. Em 2022, o IBGE passou a incluir questões sobre autismo em seu censo populacional, o que ajudará a esclarecer a quantidade de pessoas afetadas.
O diagnóstico precoce é essencial, pois permite a implementação de práticas terapêuticas que favorecem a independência e melhoram a qualidade de vida de crianças e adultos com TEA. O tratamento costuma envolver uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir terapias comportamentais, como a terapia cognitivo-comportamental, além de medicamentos, dependendo do caso. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte e assistência a pessoas com autismo, incluindo o acompanhamento por profissionais especializados.
A causa do autismo ainda é um tema controverso entre especialistas. Fatores genéticos, ambientais e neurológicos são considerados importantes, mas a combinação exata continua indefinida. Pesquisas recentes buscam desvendar os mecanismos subjacentes, visando tratamentos mais eficazes e uma maior compreensão do transtorno.
FONTE: https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/sinais-de-autismo-em-adultos-saiba-como-identificar-na-vida-cotidiana/