No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado ontem, 21 de setembro, é impossível não refletir sobre como, ainda hoje, barreiras persistem… E muitas vezes não aparecem de forma explícita.
De nada adianta lindos discursos sobre inclusão quando, na prática, ainda se questiona o “merecimento” de direitos. Pior: esses mesmos direitos tantas vezes são retirados ou dificultados, disfarçados sob a forma de burocracia.
São exigências, normas e interpretações que transformam direitos em longos processos, em disputas judiciais e em esperas que custam tempo… E tempo, quando falamos em saúde e qualidade de vida, pode significar perdas irreparáveis.
A recente decisão sobre o rol da ANS expõe esse cenário com clareza: em vez de facilitar o acesso a tratamentos e intervenções, cria uma corrida de obstáculos para quem já vive diariamente o desafio de lutar por inclusão, cuidado e dignidade. Entre os mais afetados, estão pessoas com deficiência, pessoas autistas, pacientes com doenças raras ou graves.
Mas a luta da pessoa com deficiência nos lembra algo essencial: a dignidade não pode ser reduzida a uma lista, não pode ser condicionada a critérios restritivos e jamais deveria ser limitada por barreiras burocráticas.
É pela união e pela resistência que seguimos afirmando que vida com qualidade, autonomia e acesso a direitos não podem ser taxados nem negociados.